Os alertas da comunidade científica chegam a um ritmo constante. Os termómetros vão continuar a subir e os oceanos a aquecer, as secas extremas vão prolongar-se e as grandes tempestades tornar-se mais frequentes.
Todos os dias, as emissões de gases com efeito de estufa criam na atmosfera uma temperatura equivalente à de 400 mil bombas de Hiroxima. Os oceanos têm servido de pára-choques a todo este aquecimento, absorvendo mais de 90% da temperatura que é gerada pelos gases com efeito de estufa, mas estão a sofrer todos esses efeitos. A subida do nível médio do mar, mudará para sempre a geografia das zonas costeiras, provocando milhões de refugiados climáticos e ameaçando a fauna e a flora como hoje as conhecemos. O relógio não pára.
No encontro o ex-secretário de Estado norte-americano John Kerry e a exploradora e bióloga marinha Sylvia Earle vão propor medidas urgentes para o futuro dos oceanos, como a criação de áreas marinhas protegidas que assegurem a adaptação das espécies às mudanças climáticas.
Mas haverá muito mais para debater durante estes dois dias. Poderemos perceber como os Açores são hoje o epicentro do mar, viajar à descoberta do habitat do planeta, numa conferência que reúne mais de 50 especialistas nacionais e internacionais.
Com o palco principal no Teatro Camões, haverá conversas inéditas pelo ar nas Telecabines do Parque das Nações e sessões no Oceanário de Lisboa que, com a Fundação Oceano Azul, são parceiros da Fundação Francisco Manuel dos Santos na organização deste encontro.